Como fã de cinema, sempre fico animado com a temporada de premiações, sobretudo quando se trata dos Oscars. E, dentre todas as categorias, uma das que mais me chamam a atenção é a de curta-metragem. Afinal, é impressionante como, em poucos minutos, é possível contar uma história emocionante, inovadora e inspiradora. E, dos vários curtas inscritos para o Oscar de 2017, houve um que me cativou de imediato e se tornou o meu preferido: Sing (Cantar em português), dirigido por Kristof Deak.

Sing conta a história de Zsofi, uma jovem que se muda para uma nova escola, onde descobre que, para se tornar parte do coro da escola, as crianças precisam seguir uma série de regras e rituais cruéis e humilhantes. Zsofi é talentosa e quer muito fazer parte do coro, mas logo percebe que o preço disso é mais alto do que está disposta a pagar. Embora tenha um final feliz, Sing é um retrato emocionante e impactante sobre a crueldade e as pressões sociais a que as crianças são submetidas, sobretudo quando se trata de seguir padrões rígidos e elitistas.

O que mais me impressionou em Sing foi a habilidade do diretor em contar essa história complexa e emocional em apenas 25 minutos. Kristof Deak consegue fazer com que nos importemos com Zsofi e torçamos por ela em tão pouco tempo, além de mostrar o quanto é difícil questionar normas sociais que são consideradas normais e aceitáveis. Ademais, a atuação dos jovens atores que interpretam os personagens de Sing é impressionante, demonstrando uma sensibilidade incrível para lidar com temas tão pesados.

Por essas e outras razões, acompanho fervorosamente a carreira de Kristof Deak e mal posso esperar para ver mais de seus trabalhos no futuro. Sing é uma obra-prima do cinema que merece toda a atenção e admiração que recebeu nos Oscars 2017, além de inspirar muitas outras pessoas a refletir sobre as pressões sociais que sofremos em nossas vidas e como podemos lutar contra elas para sermos felizes e autênticos.